ESTAMOS VACINANDO DEMAIS

ESTUDOS PROVARAM O QUE NÓS NATUROPATAS JA SABIAMOS A MUITO TEMPO
VACINAR DEMAIS FAZ MAL
VEJAM O DEBATE DO SITE CACHORRO VERDE

Também as diretrizes vacinais de aplicação internacional propostas em 2010 pelo World Small Animal Veterinary Association. A revisão de conceitos relacionados à vacinação, com objetivo de tornar essa importante medida mais segura, ética e eficiente vem acontecendo no âmbito acadêmico, em idioma estrangeiro, infelizmente longe das vistas da maioria dos veterinários clínicos-gerais brasileiros.

* a classificação das vacinas para cães e gatos em essenciais, opcionais e não-recomendadas;
* esquemas de imunização elaborados sob medida para o estilo de vida e histórico de cada paciente;
*problemas de saúde associados à vacinação excessiva

Lamentei acerca da dificuldade de se encontrar no Brasil (moro em São Paulo) o serviço de titulação de anticorpos para as doenças infecciosas mais importantes dos pets, como a cinomose e parvovirose caninas e a panleucopenia dos gatos. Eu estava equivocada – e esta é a boa notícia.
Titular anticorpos é medir a concentração de anticorpos IgG, específicos contra cinomose, por exemplo, no soro do sangue de um cão. Se o resultado do exame der positivo, significa que anticorpos foram detectados e que o animal já entrou em contato com o agente causador da doença, seja por meio de vacina ou por infecção prévia natural – e se encontra protegido. A literatura científica recente afirma que uma única vacina viva contra cinomose ou parvovirose, se aplicada em um cão saudável com mais de 4 meses de idade, é capaz de conferir proteção por 9 anos ou mais. Essa informação tornou obsoleta e cientificamente
injustificável a prática dos reforços anuais contra essas doenças. (Observação: vacinas contra agentes não-virais, como a leptospirose, leishmaniose e a “tosse dos canis” protegem por menos tempo, até um ano, em média. Para cães que correm risco de contraí-las, continua indicado o reforço anual.)
De carona nas novas descobertas, muitos países passaram a realizar reforços trienais contra as doenças virais mais importantes: raiva, cinomose, parvovirose e hepatite infecciosa canina. Mas a permissão para vacinar a cada três anos pode gerar insegurança nos donos de pets. Se a literatura cita que a vacina protege por até 9 anos ou mais, vacinar a cada três anos também não seria um excesso? O oposto também gera dúvidas. E se, por algum problema – conservação inapropriada da vacina, baixa imunidade do animal à ocasião da aplicação – o organismo do cão não reconheceu o antígeno vacinal e não montou uma resposta imune adequada? Ou ainda, como comprovar para os donos do hotelzinho/ clube de agility/ etc que seu cão se encontra imunizado contra essas doenças? A resposta: realizando regularmente (ex: anualmente ou trienalmente) a titulação de anticorpos!
Com a titulação é possível verificar se nossos peludos de fato se beneficiariam com a aplicação do reforço e fazê-lo realmente sob necessidade, montando protocolos 100% individualizados.


Mas por que é importante titular anticorpos contra cinomose, parvovirose e hepatite infecciosa canina e não contra todas as outras doenças para as quais existem vacinas?
* Coronavirose (presente na V6, V8 e V10) – causa uma infecção intestinal bastante branda em filhotes de cães de até 2 meses de vida e a vacina protege por 9 anos ou mais.
*
* Leptospirose (presente na V8, V10 e na vacina que protege exclusivamente contra lepto) – se o cão corre risco de se infectar, deve receber a vacina anualmente ou mesmo semestralmente. Vacinas não-virais (e a lepto é causada por bactéria) protegem por até 1 ano
* .
* Leishmaniose – se o cão corre risco de se infectar, deve receber a vacina anualmente. Vacinas não-virais (e a leish é causada por protozoário) protegem por até 1 ano.
*
* Parainfluenza (presente na V6, V8 e V10) – infecção viral de bom prognóstico. A vacina protege por 9 anos ou mais.
* Adenovirose tipo II (presente na V6, V8 e V10) – infecção viral em geral de bom prognóstico. A vacina protege por 9 anos ou mais.
*
* “Tosse dos Canis” – se o cão corre risco de se infectar, deve receber a vacina anualmente. Vacinas não-virais (e a “tosse” pode ser causada por bactérias) protegem por até 1 ano.
*
* Giardíase – é atualmente considerada não-recomendada pelos pesquisadores por sua baixa eficácia preventiva, pela curta duração de sua proteção e porque a doença tem tratamento e, em geral, bom prognóstico.

* Raiva – embora exista no Brasil o serviço de titulação de anticorpos contra raiva e que haja estudos comprovando cientificamente que a vacina antirrábica protege por no mínimo 3-5 anos, a nossa legislação exige o reforço anual contra essa doença.

Comentários